Site Meter

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A Grande Transição

Joanna de Ângelis

Opera-se, na Terra, neste largo período, a grande transição anunciada pelas Escrituras e confirmada pelo Espiritismo.


O planeta sofrido experimenta convulsões especiais, tanto na sua estrutura física e atmosférica, ajustando as suas diversas camadas tectônicas, quanto na sua constituição moral.

Isto porque, os espíritos que o habitam, ainda caminhando em faixas de inferioridade, estão sendo substituídos por outros mais elevados que o impulsionarão pelas trilhas do progresso moral, dando lugar a uma era nova de paz e de felicidade.

Os espíritos renitentes na perversidade, nos desmandos, na sensualidade e vileza, estão sendo recambiados lentamente para mundos inferiores onde enfrentarão as conseqüências dos seus atos ignóbeis, assim renovando-se e predipondo-se ao retorno planetário, quando recuperados e decididos ao cumprimento das leis de amor.

Por outro lado, aqueles que permaneceram nas regiões inferiores estão sendo trazidos à reencarnação, de modo a desfrutarem da oportunidade de trabalho e de aprendizado, modificando os hábitos infelizes a que se têm submetido, podendo avançar sob a governança de Deus.

Caso se oponham às exigências da evolução, também sofrerão um tipo de expurgo temporário para regiões primárias entre as raças atrasadas, tendo o ensejo de serem úteis e de sofrer os efeitos danosos da sua rebeldia.

Concomitantemente, espíritos nobres que conseguiram superar os impedimentos que os retinham na retaguarda, estarão chegando, a fim de promoverem o bem e alargarem os horizontes da felicidade humana, trabalhando infatigavelmente na reconstrução da sociedade, então fiel aos desíginios divinos.

Da mesma forma, missionários do amor e da caridade, procedentes de outras Esferas estarão revestindo-se da indumentária carnal para tornar essa fase de luta iluminativa mais amena, proporcionando condições dignificantes que estimulem ao avanço e à felicidade.

Não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta, como resultado da lei de destruição, geradora desses fenômenos, como ocorre com o outono que derruba a folhagem das árvores, a fim de que possam enfrentar a invernia rigorosa, renascendo exuberantes com a chegada da primavera, mas também os de natureza moral, social e humana que assinalarão os dias tormentosos, que já se vivem.

Os combates apresentam-se individuais e coletivos, ameaçando de destruição a vida com hecatombes inimagináveis.

A loucura, decorrente do materialismo dos indivíduos, atira-os no abismos da violência e da sensatez, ampliando o campo do desespero que se alarga em todas as direções.

Esfacelam-se os lares, desorganizam-se os relacionamentos afetivos, desestruturam-se as instituições, as oficinas de trabalho convertem-se em áreas de competição desleal, as ruas do mundo transformam-se em campos de lutas perversas, levando de roldão os sentimentos de solidariedade e de respeito, de amor e de caridade...

A turbulência vence a paz, o conflito domina o amor, a luta desigual substitui a fraternidade.

... Mas essas ocorrências são apenas o começo da grande transição.


* * *

A fatalidade da existência humana é a conquista do amor que proporciona plenitude. Há, em toda a parte, uma destinação inevitável, que expressa a ordem universal e a presença de uma Consciência Cósmica atuante.

A rebeldia que predomina no comportamento humano elegeu a violência como instrumento para conseguir o prazer que lhe não chega de maneira espontânea, gerando lamentáveis consequências, que se avolumam em desaires continuos.

É inevitável a colheita da sementeira por aqueles que a fez, tornando-se rico de grãos abençoados ou de espículos venenosos.

Como as leis da vida não podem ser derrogadas, toda objeção que lhes faz converte-se em aflição, impedindo a conquista do bem-estar.

Da mesma forma, como o progresso é inevitável, o que não seja conquistado através do dever, selo-á pelos impositivos estruturais de que o mesmo se constitui.

A melhor maneira, portanto, de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto.

Nenhuma conquista exterior será lograda se não proceder das paisagens íntimas, nas quais estão instalados os hábitos. Esses, de natureza perniciosa, devem ser substituídos por aqueles que são saudáveis, portanto, propiciatórios de bem-estar e de harmonia emocional.

Na mente está a chave para que seja operada a grande mudança. Quando se tem domínio sobre ela, os pensamentos podem ser canalizados em sentido edificante, dando lugar a palavras corretas e a atos dignos.

O indivíduo, que se renova moralmente, contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no planeta.

Não é necessário que o turbilhão dos sofrimentos gerais o sensibilize, a fim de que possa contribuir eficazmente com os espíritos que operam em favor da grande transição.

Dispondo das ferramentas morais do enobrecimento, torna-se cooperador eficiente, em razão de trabalhar junto ao seu próximo pela mudança de convição em torno dos objetivos existenciais, ao tempo em que se transforma num exemplo de alegria e de felicidade para todos.

O bem fascina todos aqueles que o observam e atrai quantos se encontram distantes da sua ação, o mesmo ocorrendo com a alegria e a saúde.

São eles que proporcionam o maior contágio de que se tem notícia e não as manifestações aberrantes e afligentes que parecem arrastar as multidões. Como escasseiam os exemplos de júbilo, multiplicam-se os de desespero, logo ultrapassados pelos programas de sensibilização emocional para a plenitude.

A grande transição prossegue, e porque se faz necessária, a única alternativa é examinar-lhe a maneira de como se apresenta e cooperar para que as sombras que se adensam no mundo sejam diminuidas pelo Sol da imortalidade.

Nenhum receio deve ser cultivado, porque, mesmo que ocorra a morte, esse fenômeno natural é veículo da vida que se manifestará em outra dimensão.

* * *

A vida sempre responde conforme as indagações morais que lhe são dirigidas.

As aguardadas mudanças que se vêm operando trazem uma ainda não valorizada contribuição, que é a erradicação do sofrimento das paisagens espirituais da Terra.

Enquanto viceje o mal, no mundo, o ser humano torna-se-lhe vítima preferida, em face do egoísmo em que se estorcega, apenas por eleição espiritual.

A dor momentânea que o fere, convida-o por outro lado, à observância das necessidades de seguir a correnteza do amor no rumo do oceano da paz.

Logo passado o período de aflição, chegará o da harmonia.

Até lá, que todos os investimentos sejam de bondade e de ternura, de abnegação e de irrestrita confiança em Deus.

Joanna de Ângelis
(Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, no dia 30 de Julho de 2006, no Rio de Janeiro, RJ. Publicada na revista ‘Presença Espírita’, Setembro/Outubro 2006, Nº 256, páginas 28 e 29)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Defesa Contra as Artes das Trevas


Lembrando o famoso bruxinho da ficção Harry Potter, nós, os encarnados, também temos problemas com as “artes das trevas” e, como na obra litero-cinematográfica, nossas vidas também estão repletas de “perigos” da mesma ordem.

Antes de mais, é necessário lembrarmos que por muito tempo também nós estivemos envolvidos com essa ou aquela corrente trevosa que, por incontáveis reencarnações, nos permitimos o envolvimento ignorante. Talvez muitos de nós, direta ou indiretamente, ainda mantemos algemas com as ordens de espíritos que trabalham pelo atraso da humanidade.

Vem a velha frase: “rádio sintonizada com ondas AM não pega “FM”. Basta mudarmos o padrão vibratório e não nos envolvemos com as tais irradiações do mal. É simples assim? Sim e não. Sim porque basta um ato de nossa vontade e a disposição para o trabalho no bem, porém o ser humano terráqueo ainda se fascina com muita facilidade perante as ilusões da vida material.

Nós ainda temos uma dificuldade enorme em separar o necessário do excesso, o equilíbrio da desordem. Ainda, como crianças, desejamos que somente as nossas necessidades sejam atendidas esquecendo a dor do nosso próximo mais próximo.

Bom... então não tem jeito? Estamos entregues às trevas?

Lógico que não! Jesus nós deixa claro que devemos “orar e vigiar”, trocando por miúdos: sempre que estejamos dominados pela cólera, angustia ou desejos menos indicados, elevemos a mente até o Mestre da Luz e peçamos forças, Ele nunca nos nega amparo, nós é que perdemos a sintonia (olha a palavrinha de novo) e não percebemos.

Para facilitar, evitemos andar por ambientes saturados de vícios, onde teremos muitas dificuldades em nos proteger. Façamos da leitura do Evangelho e das obras doutrinárias costume diário e acima de tudo: faça CARIDADE, palavra simples, entretanto mais poderosa que qualquer “varinha mágica”.

Assim, as “artes das trevas” não encontrarão ressonância em nossas mentes e, mesmo que se aproximem, não sentiremos seus efeitos.

Permaneçam na paz...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Efeito Kirlian é confiável?


Há controvérsias! Sobre elas vamos nos apossar de uma entrevista realizada com o Dr. Ricardo di Bernardi (respeitado espírita e estudante do efeito Kirlian) concedida à edição portuguesa  Revista de Espiritismo em julho de 1996.

O doutor Ricardo Di Bernardi, médico pediatra e homeopata, interessa-se muito pela investigação do chamado efeito-kirlian. Trata-se de uma energia que rodeia os corpos e que é atribuída por muitos à irradiação da aura dos seres vivos. Em circuito de palestras e seminários no nosso país, no passado mês de Junho, o encontramos no Porto e a entrevista aconteceu.

Este médico não vem a Portugal pela primeira vez: residindo em Florianópolis, Santa Catarina (Brasil), Ricardo Di Bernardi já visitara Portugal e o seu movimento espírita em Março de 1994. Não é, assim, um novato nesta área, bem pelo contrário, pois note-se que, nos seus tempos livres, há alguns anos, participou na fundação do Instituto de Cultura Espírita de Florianópolis, sem esquecer que é o bem-quisto autor de dois livros: «Gestação, Sublime Intercâmbio» e «Reencarnação e Evolução das Espécies». No futuro, acalenta a idéia de fundar um Colégio Espírita e a Associação de Médicos Espíritas da sua cidade.

Em Portugal, palestrou sobre dois temas: Efeito-kirlian - fluido vital, a sua movimentação pela homeopatia e pelo passe com estudos kirliangráficos e Gestação, reencarnação e evolução das espécies. Chegando a Lisboa no dia 15 de Junho, conferenciou em 16 de Junho em Loulé, em Lagos, no Hotel Golfinho, a 18 Junho, um dia depois no Porto (Núcleo Espírita Cristão), no dia 19, em Leiria, dia 21 Viseu e dia 22, no auditório da FEP, ministrou um seminário.

A nossa conversa, contudo, estendeu-se em torno das «fotografias da aura». Lembramos que uma das experiências mais interessantes com esta tecnologia ocorreu quando alguns investigadores - como a doutora Thelma Moss, nos EUA - obtiveram fotos do chamado efeito-fantasma: a reconstituição energética de uma ponta de folha cortada a nível kirliangráfico. E aí residiu o apogeu desta pesquisa.

Em Florianópolis, a equipa de trabalho que Ricardo Di Bernardi integra conta uma média de fotos estudadas difícil de contar: 20 mil.

«Revista de Espiritismo» - A kirliangrafia foi abandonada por vários pesquisadores. Por que é que se interessa por ela?

Dr. Ricardo Di Bernardi - A foto-kirlian, na realidade, é questionável. Há muitos fatores que interferem na interpretação, na avaliação dessa foto. Ela mede muito a quantidade de água existente no dedo, a maior ou menor pressão do dedo, que altera a foto, e esta foto também representa muito o momento do indivíduo. A foto-kirlian, é bom que se diga, não é a fotografia da alma, nem do perispírito, ela é uma foto de uma emanação energética que o conjunto indivíduo produz, e nesse conjunto existem n fatores a considerar.

Apesar disso, nós temos observado que elas são úteis na avaliação antes e após o passe, na transfusão de energia.

Apesar disso, as fotos às 20h00, antes da sessão mediúnica, e às 22h00, após a sessão mediúnica, ela difere de uma forma significativa. Por exemplo, diminuem as irregularidades da foto, as cores tornam-se mais claras, as fotos ficam mais homogêneas e ganham mais em energia, em campo de vibração. Então, como isso se repete, nós continuamos trabalhando, sabendo embora que esses senões subsistem.

Nós temos feito também trabalhos interessantes, apresentados em congressos médicos, antes da prescrição homeopática e após. Nós fazemos a foto antes de ingerir o medicamento homeopático, 5 minutos, 10, 15 e 30 minutos após a ingestão desse remédio. E nós comprovamos que a aura cresce em energia. O diâmetro da energia aumenta significativamente, demonstrando que movimenta o campo de energia da pessoa. Se é o fluido vital, é questionável, eu até acredito que também seja. Mas o que é importante é que eu consigo observar nessas fotos uma ação do remédio homeopático, inclusive apresentei um trabalho, num congresso, com um placebo e com remédio homeopático. Nós colocamos um frasco com água e álcool e outro frasco com remédio homeopático, nem eu, nem o paciente, nem quem bateu as fotos sabia qual era o frasco do remédio(Licopodyum clavato, a 10 mil dinamizado, uma verdadeira bomba energética) e do placebo. Vinte e um dias depois o paciente voltava e tomava outro frasco B, abria-se os envelopes e verificou-se que, quando ele tomava o placebo, a foto dele permanecia igual; quando ele tomava outro frasco com aquele remédio, as fotos-kirlian demonstravam que havia um ganho de energia importantíssimo, aos 5, 10, 15 e 30 minutos. Quer dizer, não é o efeito psicológico que funciona aqui. Outro detalhe: as fotos foram feitas graciosamente, bem como todos os envolvidos nas experiências. Portanto, a foto- kirlian ainda tem utilidade. Há críticas sérias, por pessoas de alto nível, como Guimarães Andrade, que é uma pessoa respeitabilíssima sob todos os pontos de vista. No entanto, não nos parece que este fenômeno mereça ser abandonado em termos de investigação.

É de evitar o que está a acontecer: pessoas inescrupulosas trabalham com foto-kirlian sem nenhuma responsabilidade, comercializando-a de uma forma absurda, com interpretações igualmente absurdas. Então, com isso nós não compactuamos. Mas não podemos generalizar. É como se um médium fraudasse, enganasse, não poderíamos dizer que a mediunidade é, por isso, um mal.

RE - Como é recebido com exposições sobre o efeito- kirlian em congressos médicos?

RB - Nós apresentá-los só em congressos homeopáticos: num congresso Brasil-Argentina, em Curitiba, e num congresso em Gramado, no Rio Grande do Sul. Nos dois locais houve uma aceitação muito grande e muita dúvida, mas todos ficaram até entusiasmados com os efeitos. A grande maioria dos colegas desconhece completamente o fenômeno, mas em princípio a documentação apresentada impressionou positivamente.

RE - Pode citar um caso da sua clínica em que o efeito kirlian possa ter ajudado a fazer o diagnóstico?

RB - Nós tivemos uma paciente que apresentava um quadro de distúrbio de conduta emocional e que, além do psicólogo, ela procurou-me como médico homeopata. Então foi feita a foto-kirlian e notou-se (pense num relógio, ponteiros na altura das 2h00 da tarde), uma massa avermelhada, de uma energia que lá de fora e adentrava na parte interior da aura dela, assim como uma imagem de amendoim (alguns consideram complexo de culpa, outros chamam a isso energia intrusa). E realmente, a partir desse momento, nós conversamos com a paciente e observamos que ela tinha um processo obsessivo. Então, não estamos convencidos ainda disso, mas parece repetir-se no caso de obsessão. Ainda está em estudo. Mas nesse caso era evidente o processo, e como ela não era espírita, nós abordamos o assunto como energia intrusa, pensamento, magnetismo, mente, e falamos da importância de ela mudar a freqüência do pensamento dela, para não sintonizar com aquela energia. E então ela dizia mas que energia é essa? Eu disse-lhe Nós podemos conversar sobre isso noutra oportunidade, mas agora, precisa mudar de freqüência, etc.. Depois de algum tempo, nós até emprestamos uns livros para ela, adequados para não a assustar com a idéia dos espíritos obsessões. Ela depois veio a entender que aquele processo obsessivo assentava na sua atitude mental.

Entrevistá-la bastava, obter dados anamnésicos, mas pode-se dispor de uma imagem, é mais um dado. Contudo, nós não somos de opinião de se deva usar a foto-kirlian para diagnosticar mediunidade ou obsessão: nós acreditamos que é um dado complementar. É como alguém que pensa Ah, médium agora vai deixar de existir, não vai trabalhar mais « por causa da transcomunicação instrumental » isso é utópico (e há gente que reage à transcomunicação por isso).

A kirliangrafia só por si não vem resolver o problema de ninguém, mas é um dado complementar. Um filho meu esteve com pneumonia e a radiografia estava normal; eu diagnostiquei pneumonia não pela radiografia, mas pelo estado clínico do paciente.

RE - Há quem defenda que a foto-kirlian pode assinalar uma doença antes que ela atinja o corpo físico. Como comenta isso?

RB - Muitos investigadores consideram isso. Na União Soviética foram feitos trabalhos e obtiveram imagens que depois se constataram pragas conseqüentes, que não tinham ainda fisicamente, mas que já eram assinaladas nas kirliangrafias.

No nosso grupo de trabalho, a pessoa principal, mais estudiosa, é o físico Walter Lange. Ele está convencido de que certas imagens na foto-kirlian parecem representar determinados quadros: por exemplo, depressão tem uma imagem específica, há uma lacuna, um buraco na aura; angústia, tristeza, a aura fica estreitinha, fina; em estafa mental ocorre uma dilatação; no conflito emocional vê-se como se fosse um orifício no centro da aura, e assim por diante.

Portanto, repetem-se muito as imagens e há uma correspondência com os quadros clínicos.

Então, se não estamos, neste grupo, convencidos ainda, estamos propensos a admitir que realmente a imagem energética preexiste à imagem física (mesmo que seja eletricidade, eletrostática, não interessa).

RE - Ao voltar a visitar algumas associações portuguesas, como comenta o movimento espírita?

RB - Vemos, felizes, o movimento a crescer, até pelos periódicos de imprensa espíritas portugueses.

Parece-me que para o norte existem algumas características um pouco diferentes do sul, mas todas elas compatíveis com a doutrina espírita. O pessoal do sul parece-me mais solto, mais aberto para outros assuntos, mas parece-me que os do norte têm mais receio de fugir das bases kardecistas, e longe de nós recomendarmos que fujam, mas acredito que algumas informações adicionais poderão enriquecer essa base.

Eu lembro aquela frase de Kardec que diz que quando a ciência demonstrar que o espiritismo está errado num ponto, o espiritismo se modificará nesse ponto.

O espírita, hoje, não está ao nível de Kardec, está muito abaixo, eu gostaria que fosse só a metade. Quando a ciência demonstrar que o espírita está certo num ponto, ele que use esse ponto, já estava muito bom. Tão avançado como Kardec, ninguém vai ser.

Eu posso até estar errado sobre essas diferenças entre o norte e o sul...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Chico Xavier Anti-doutrinário?




Uma pergunta: será que se o nosso querido Chico Xavier tivesse começando hoje a publicação de sua obra, incluindo a notável coleção de André Luiz, seria ele considerado pelas federações e outros órgãos de unificação espírita como anti-doutrinário?

Bem sabemos que quando o missionário do evangelho Francisco Cândido Xavier lançou o livro “Nosso Lar” o mesmo foi considerado pela “elite espírita” da época como obra de fantasia e que tratava-se de delírios do médium. Hoje, como sabemos, Chico Xavier e o espiritismo se confundem como uma coisa só.

Pois bem, Alan Kardec, em sua extensa codificação, diz que o Espiritismo é obra em evolução e que a propriedade da mesma não lhe pertence e sim aos espíritos que a transmitiram em diversas partes do mundo por diversos médiuns, cabendo ao adiantamento científico e moral do futuro a missão de aprimorá-lo de acordo com as vedardes que seriam reveladas e aprendidas.

Hoje temos  uma avalanche de obras que se auto-intitulam espírita ou espiritualista e que, após seus lançamentos, tem vendido “mais que água no deserto”.  Bem sabemos que não podemos nos entregar à ingenuidade descabida, asseverando que toda obra que fala de espiritualidade, salpicada de nomes de notáveis obreiros desencarnados é válida ou verdadeira. Lembrando o velho e atual ensinamento do mestre Jesus: “haverá falsos cristos e falsos profetas...”. Muitos desses livros possuem erros absurdos de gramática, assuntos empolados, idéias desconexas, oriundas dos subprodutos de mentes despreparadas, de médiuns e/ou de supostos “espíritos”, que visam tirar dinheiro dos neófitos com a venda de tais “obras espíritas” e que enchem os olhos dos incautos pela imaginação fantasiosa.

Mas a quem cabe o ato de separar o joio do trigo? Será que as federações espalhadas pelo Brasil tem a incumbência moral para ditar o que é ou não é doutrinário? O que garante ao movimento espírita que os mesmos integrantes destas organizações também não trazem a mente repleta de recalques ou clichês mentais herdadas do nosso passado católico-romano? Lembremos que, nesse período, apenas a igreja tinha o direito de ditar o que podíamos ou não saber ou ler.

Temos muitos “críticos de plantão” que, quando não compreendem ou não aceitam determinado médium ou livro, buscam fragmentos de textos da codificação kardecista para se ajustarem aos contextos que lhes convém. Buscando denegrir, sem caridade, a imagem do comunicante e do medianeiro.

Temos nas fileiras diretoras de casas espíritas e federações uma vasta maioria de almas que vierem do catolicismo ou tem impregnado em sua consciência as normas vividas em encarnações passadas nas correntes impostas pelo cristianismo deturpado de outras eras. Esses mesmo irmãos vieram com a incumbência de eliminar de si mesmos o ranço do autoritarismo e da intolerância, mas muitos deles quedam perante o próprio orgulho.

Devemos lembrar que a doutrina pertence aos Espíritos e não aos espíritas, cabendo a estes últimos a obra inacabada de transformarem a si mesmos. Dexemos a função de orientação aos valorosos e raros missionários que possuem compromissos coletivos e função de guias, os quais, nos iluminam o caminho por seus exemplos de humildade e renuncia e não vestidos com a toga de juiz, ordenando de seus gabinetes o que deve ou não ser estudado pela humanidade em evolução.

Portanto, amigos e companheiros no ideal espírita, não sejamos um poço de aceitação, nem de todas obras que nos chegam à mãos, como também, estejamos atentos àqueles que querem “pensar por nós”.

domingo, 12 de setembro de 2010

Pode um ateu crer no mundo espiritual?

Pergunta estranha, mas é possível uma resposta interessante.
Sabemos que o ateu é aquela pessoa que nega a existência de qualquer divindade, ou seja, um ímpio segundo a Bíblia. Esta pessoa não acredita na existência de Deus, propondo a origem do universo como pura obra do acaso.
Dizem-nos a obra de Allan Kardec que o ser humano é portador de um elemento etéreo para os nossos sentidos, mas plenamente perceptível aos espíritos: o perispírito, sendo este constituído de uma matéria quintessenciada ou fluídica, mas não deixa de ser matéria.
Ora, sendo assim, um ateu ao chegar ao plano espiritual, após seu desencarne, poderá muito bem aceitar o novo plano que está inserido, sendo este local sujeito às dimensões conhecidas no campo material: altura, largura e profundidade. Logicamente seu despertar será muito mais complexo e demorado se compararmos com uma pessoa que tenha adquirido conhecimento do mundo espiritual antes do seu desencarne.
Pode então um ateu aceitar o mundo dos espíritos, mas também definir sua origem como obra do acaso, tal qual considera o mundo material. Pois não encontrará um Deus, nos moldes que cabem em sua imaginação, pelo simples fato de estar desencarnado.
Pois bem, avaliando este ponto de vista, vemos na Doutrina Espírita o importante tripé de seu caráter: científico, filosófico e religioso. Kardec, através da instrução dos espíritos, expõem o mundo espiritual totalmente em consórcio com a inteligência suprema: Deus. Tão importante na obra codificada, que trata-se da primeira pergunta da primeira obra de sua codificação em O Livro do Espíritos: O que é Deus?
Não basta se ater aos fenômenos, nem mesmo às divagações filosóficas improfícuas sem antes observarmos o fundo moral do conhecimento espírita.
Buscai primeiramente o reino de Deus e a sua justiça, que todas essas coisas vos serão dadas de acréscimo  Mateus VI, 24-34; Lucas XII, 22-32

domingo, 5 de setembro de 2010

Como Identificar o Espírito Comunicante

Eurípides Barsan.

Se verificarmos na própria Bíblia veremos que o apóstolo João na 1˚ Epístola 4:1 nos assevera: “Amados não creiais a todo o Espírito, mas provai se os Espíritos são de Deus”.

Devido ao alto grau de importância, em vários pontos da Codificação, também nos cobra atenção: “No que respeita às instruções gerais que nos trazem os Espíritos, o mais é o ensino que nos proporcionam e não o nome sob o qual se apresentam” e “Se a individualidade do espírito pode nos ser indiferente, o mesmo não se dá quanto às suas qualidades”, como também, “É bom ou mau o Espírito que se comunica? Eis a questão”, em o Livro dos Espíritos.

Portanto, não basta ser espírito, mas é importantíssimo saber suas reais intenções e seu caráter.

Métodos de Verificação

 

É comum, durante uma comunicação, a preocupação em sabermos o nome do espírito, porém este “detalhe” pode ser muito facilmente confundido, seja por falsidade do espírito ou por confusão do encarnado que fez a pergunta, pois podem existir diversos Eurípides de Balsanulfo e outros tantos Bezerras de Menezes no plano espiritual. Devemos avaliar sempre o conteúdo das mensagens e ensinos no espírito.

 

Alguns podem se apegar na vidência de médiuns sérios e desprovidos de interesses pessoais, porém, devemos considerar que o espírito pode imprimir ao seu perispírito a forma que lhe convém, podem assumir a forma astral que sua vontade for capaz de plasmar sobre a matéria plástica do corpo perispiritual com a finalidade de confundir e enganar o grupo encarnado.

 

É prudente, em qualquer comunicação mediúnica, mesmo que o espírito se apresente como um dos mentores da reunião, analisar rigorosamente o teor da comunicação, aceitando apenas o que esteja dentro da lógica, do bom senso e da razão, segundo nos ensina Kardec.

Linguagem: (fonte: Livro dos Médiuns)

A linguagem dos Espíritos está sempre em relação com o grau de elevação a que já tenham chegado. Apreciam-se os Espíritos pela linguagem que usam e pelas suas ações. Estas se traduzem pelos sentimentos que eles inspiram e pelos conselhos que dão.

1.  A linguagem dos Espíritos Elevados é sempre idêntica senão quanto à forma, pelo menos quanto ao fundo. Os pensamentos são os mesmos, em qualquer tempo e em todo o lugar, já, a dos Espíritos inferiores ou vulgares, sempre algo refletem das paixões humanas.

2.  Não se deve julgar da qualidade do Espírito pela forma material, nem pela correção de estilo. É preciso sondar-lhe o íntimo, analisar-lhe as palavras, pesá-las friamente, maduramente e sem prevenção.

3.  Qualquer ofensa à lógica, à razão e à ponderação não pode deixar dúvida sobre a sua procedência, seja qual for o nome com que ostente o Espírito. Deve-se desconfiar dos Espíritos que com muita facilidade se apresentam, dando nomes extremamente venerados, e não aceitar o que dizem, senão com muita reserva.

4.  Os bons Espíritos só dizem o que sabem; calam-se ou confessam a sua ignorância sobre o que não sabem. Os espíritos levianos, muito facilmente, predizem o futuro e precisam fatos materiais que não nos é dado ter conhecimento.

5.  Os bons espíritos são muito escrupulosos no tocante às atitudes que hajam de aconselhar. Nunca, qualquer que seja o caso, deixam de objetivar um fim sério e eminentemente útil. Qualquer recomendação que se afaste da linha reta do bom senso, ou das leis imutáveis da Natureza, denuncia um Espírito atrasado e, portanto, pouco merecedor de confiança.

6.  Os bons Espíritos só prescrevem o bem e nunca ordenam; não se impõem. Eles se limitam à aconselhar e, se não são escutados, simplesmente retiram-se. Máxima nenhuma, nenhum conselho que se não estão conforme e estritamente com a pura caridade evangélica pode ser obra de bons espíritos.

7.  Os bons Espíritos não lisonjeiam; aprovam o bem feito, mas sempre com reserva. Os conhecimentos de que alguns espíritos se enfeitam, às vezes, com uma espécie de ostentação, não constituem sinal de superioridade. A inalterável pureza dos sentimentos é, para esse respeito, a verdadeira pedra de toque.

Para julgar os espíritos, como pra julgar os homens é preciso, primeiro, que cada um saiba julgar-se a si mesmo. Se não fôssemos imperfeitos, teríamos em torno de nós somente bons espíritos; se formos enganados, de nós mesmos devemos nos queixar.

Aparência: (fonte: pergunta de Kardec em o Livro dos Médiuns)

Podendo alguns Espíritos enganar pela linguagem de que usam, segue-se que também podem, aos olhos de um médium vidente, tomar uma falsa aparência?

Isso se dá, porém, mais dificilmente. O médium vidente pode ver espíritos levianos e mentirosos, como outros os ouvem, ou escrevem sob influência deles. Podem os espíritos levianos aproveitar-se dessa disposição, para enganá-lo, por meio de falsas aparências; isso depende das qualidades do espírito do próprio médium.

Vibração ou Campo Energético: (fonte: Livro dos Médiuns)

Muitos médiuns reconhecem os bons e os maus Espíritos pela impressão agradável ou penosa que experimentam à aproximação deles.Perguntamos se a impressão desagradável, a agitação convulsiva, o mal-estar são sempre indícios da má natureza dos Espíritos que se manifestam.

O médium experimenta as sensações do estado em que se encontra o Espírito que dele se aproxima. Quando ditoso, o Espírito é tranqüilo, leve, refletido; quando feliz, é agitado, febril, e essa agitação se transmite naturalmente ao sistema nervoso do médium. Em suma, dá-se o que se dá com o homem na terra: O bom é calmo, tranqüilo; o mau está constantemente agitado.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A Fraternidade da Cruz e do Triângulo


Segundo relatos de várias correntes esotéricas e espiritualistas, no final do século 19, no oriente, houve uma organização para que ocorresse a fusão entre duas importantes fraternidades: a Fraternidade da Cruz, espiritual ocidental que divulgava e trabalhava exclusivamente segundo os preceitos do Evangelho de Jesus, e a Fraternidade do Triângulo, que era uma das diversas organizações orientais que trabalhavam no espaço astral do Oriente seguindo os ensinamentos dos sábios orientadores espirituais Krishina e Buda. Após essa união, as duas fraternidades, consideradas Fraternidades Brancas, consolidaram uma série de práticas e trabalhos espirituais que resultaram na formação da Fraternidade da Cruz e do Triângulo.

Esta união espiritual, atendendo a determinações do Mais Alto, teve como um dos objetivos o programa espiritual de união da crença da reencarnação e do karma ao código moral do Evangelho de Jesus. Além deste objetivo o projeto de união entre o Oriente e o Ocidente teve como primeira meta auxiliar o projeto de implantação do Espiritismo e da Teosofia na Europa do século dezenove. A partir da concretização deste empreendimento a Fraternidade da Cruz e do Triângulo migrou para o espaço astral do Brasil, onde se localiza e opera até os dias de hoje.

Dentro do espiritismo temos uma notável obra o livro "Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho", de Humberto de Campos, psicografada por Chico Xavier, nos informando que a pátria do Cruzeiro (Brasil) será o "celeiro espiritual da humanidade" e a partir de onde surgirão os primeiros indícios de que a Nova Era estará se estabelecendo sobre a Terra. Concordando com os ditos dos membros da Fraternidade da Cruz e do Triângulo.

Este grupo é composto por mentores hindus, chineses, egípcios, tibetanos, japoneses e alguns gregos, que têm o compromisso de ventilar os antigos valores espirituais do Oriente nos modernos caminhos do Ocidente, fazendo disso uma síntese universalista. Segundo eles, são iniciados, “fazendo o bem, sem olhar a quem”.

O grupo extra-físico de espíritos orientais que operam nos planos invisíveis do ocidente, intercambiam informações espirituais oriundas de sabedorias antigas provenientes das duas fraternidades, ao mesmo tempo em que as adaptam aos tempos modernos e as direcionam aos estudantes espirituais do presente, em preparo à grande transformação (fim dos tempo) que já está ocorrendo.

É comum seus membros usarem vestes brancas com cintos e emblemas de tonalidade azul-clara esverdeada. Sobre o peito, trazem suspensa uma corrente com um triângulo lilás luminoso, no qual se encontra uma cruz em forma de lírio, símbolo que exalta a obra de Jesus e da mística oriental.

O que os mentores informam é que todos os discípulos da Fraternidade que se encontram reencarnados na Terra são profundamente devotados às duas correntes espiritualistas, ou seja, mesmo adeptos dos ensinamentos cristãos tais como o espiritismo de Kardec, bem como, o próprio Umbandismo, também se afeiçoam e executam práticas consideradas exotérico-orientais. No futuro, haverá apenas um pastor e um rebanho. Essa é a meta.

É importante salientar que esse símbolo e esses conhecimentos nada têm de relação direta à Doutrina Espírita, ou seja, as informações acima foram coletadas na própria Fraternidade da Cruz e do Triângulo.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Psicografia – Receita de Luz

100 gramas de caridade
2 ovos de amor
300 gramas de paz
50 miligramas de luz divina
1 tonelada de paciência
Juntar todos ingredientes em uma panela untada de Caridade
Prepara a mesa do teu lar
Espere por alguns minutos com a massa ao forno do amor
Pronto! Prato feito para receber Jesus no lar.
Pai João de Angola

sábado, 21 de agosto de 2010

21º Bienal do Livro em São Paulo - 2010


Robson e Marcelo
Foi na sexta feira (20/08/10) na Bienal do Livro em São Paulo, onde nos encontramos com o médium e terapeuta mineiro Robson Pinheiro que publicou, dentre diversas obras, o livro Tambores de Angola pelo espírito Pai João de Aruanda e a trilogia “Legião” através do espírito Ângelo Inácio. Nesta oportunidade podemos falar brevemente sobre as diversas críticas e posicionamentos do público sobre a obra publicada através da editora Casa dos Espíritos.

Também visitamos o stand da FEB (Federação Espírita Brasileira) que neste ano homenagearam os 100 anos do querido Chico Xavier. O espaço foi montado com muito bom gosto, permitindo aos visitantes um local moderno, dividido em vários ambientes.

Também tivemos a grata oportunidade de conhecer parte da equipe da Rádio Boa Nova (www.radioboanova.com.br), que tem como características a divulgação da Doutrina Espírita e assuntos espirituais. Encontrei-me com o locutor Claudio Palermo que nos recebeu com muita atenção e carinho, onde também, tivemos a oportunidade de conceder uma entrevista falando sobre a minha impressão da rádio, a qual, sou assíduo ouvinte (através da Internet)  e também divulgador voluntário.