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domingo, 5 de setembro de 2010

Como Identificar o Espírito Comunicante

Eurípides Barsan.

Se verificarmos na própria Bíblia veremos que o apóstolo João na 1˚ Epístola 4:1 nos assevera: “Amados não creiais a todo o Espírito, mas provai se os Espíritos são de Deus”.

Devido ao alto grau de importância, em vários pontos da Codificação, também nos cobra atenção: “No que respeita às instruções gerais que nos trazem os Espíritos, o mais é o ensino que nos proporcionam e não o nome sob o qual se apresentam” e “Se a individualidade do espírito pode nos ser indiferente, o mesmo não se dá quanto às suas qualidades”, como também, “É bom ou mau o Espírito que se comunica? Eis a questão”, em o Livro dos Espíritos.

Portanto, não basta ser espírito, mas é importantíssimo saber suas reais intenções e seu caráter.

Métodos de Verificação

 

É comum, durante uma comunicação, a preocupação em sabermos o nome do espírito, porém este “detalhe” pode ser muito facilmente confundido, seja por falsidade do espírito ou por confusão do encarnado que fez a pergunta, pois podem existir diversos Eurípides de Balsanulfo e outros tantos Bezerras de Menezes no plano espiritual. Devemos avaliar sempre o conteúdo das mensagens e ensinos no espírito.

 

Alguns podem se apegar na vidência de médiuns sérios e desprovidos de interesses pessoais, porém, devemos considerar que o espírito pode imprimir ao seu perispírito a forma que lhe convém, podem assumir a forma astral que sua vontade for capaz de plasmar sobre a matéria plástica do corpo perispiritual com a finalidade de confundir e enganar o grupo encarnado.

 

É prudente, em qualquer comunicação mediúnica, mesmo que o espírito se apresente como um dos mentores da reunião, analisar rigorosamente o teor da comunicação, aceitando apenas o que esteja dentro da lógica, do bom senso e da razão, segundo nos ensina Kardec.

Linguagem: (fonte: Livro dos Médiuns)

A linguagem dos Espíritos está sempre em relação com o grau de elevação a que já tenham chegado. Apreciam-se os Espíritos pela linguagem que usam e pelas suas ações. Estas se traduzem pelos sentimentos que eles inspiram e pelos conselhos que dão.

1.  A linguagem dos Espíritos Elevados é sempre idêntica senão quanto à forma, pelo menos quanto ao fundo. Os pensamentos são os mesmos, em qualquer tempo e em todo o lugar, já, a dos Espíritos inferiores ou vulgares, sempre algo refletem das paixões humanas.

2.  Não se deve julgar da qualidade do Espírito pela forma material, nem pela correção de estilo. É preciso sondar-lhe o íntimo, analisar-lhe as palavras, pesá-las friamente, maduramente e sem prevenção.

3.  Qualquer ofensa à lógica, à razão e à ponderação não pode deixar dúvida sobre a sua procedência, seja qual for o nome com que ostente o Espírito. Deve-se desconfiar dos Espíritos que com muita facilidade se apresentam, dando nomes extremamente venerados, e não aceitar o que dizem, senão com muita reserva.

4.  Os bons Espíritos só dizem o que sabem; calam-se ou confessam a sua ignorância sobre o que não sabem. Os espíritos levianos, muito facilmente, predizem o futuro e precisam fatos materiais que não nos é dado ter conhecimento.

5.  Os bons espíritos são muito escrupulosos no tocante às atitudes que hajam de aconselhar. Nunca, qualquer que seja o caso, deixam de objetivar um fim sério e eminentemente útil. Qualquer recomendação que se afaste da linha reta do bom senso, ou das leis imutáveis da Natureza, denuncia um Espírito atrasado e, portanto, pouco merecedor de confiança.

6.  Os bons Espíritos só prescrevem o bem e nunca ordenam; não se impõem. Eles se limitam à aconselhar e, se não são escutados, simplesmente retiram-se. Máxima nenhuma, nenhum conselho que se não estão conforme e estritamente com a pura caridade evangélica pode ser obra de bons espíritos.

7.  Os bons Espíritos não lisonjeiam; aprovam o bem feito, mas sempre com reserva. Os conhecimentos de que alguns espíritos se enfeitam, às vezes, com uma espécie de ostentação, não constituem sinal de superioridade. A inalterável pureza dos sentimentos é, para esse respeito, a verdadeira pedra de toque.

Para julgar os espíritos, como pra julgar os homens é preciso, primeiro, que cada um saiba julgar-se a si mesmo. Se não fôssemos imperfeitos, teríamos em torno de nós somente bons espíritos; se formos enganados, de nós mesmos devemos nos queixar.

Aparência: (fonte: pergunta de Kardec em o Livro dos Médiuns)

Podendo alguns Espíritos enganar pela linguagem de que usam, segue-se que também podem, aos olhos de um médium vidente, tomar uma falsa aparência?

Isso se dá, porém, mais dificilmente. O médium vidente pode ver espíritos levianos e mentirosos, como outros os ouvem, ou escrevem sob influência deles. Podem os espíritos levianos aproveitar-se dessa disposição, para enganá-lo, por meio de falsas aparências; isso depende das qualidades do espírito do próprio médium.

Vibração ou Campo Energético: (fonte: Livro dos Médiuns)

Muitos médiuns reconhecem os bons e os maus Espíritos pela impressão agradável ou penosa que experimentam à aproximação deles.Perguntamos se a impressão desagradável, a agitação convulsiva, o mal-estar são sempre indícios da má natureza dos Espíritos que se manifestam.

O médium experimenta as sensações do estado em que se encontra o Espírito que dele se aproxima. Quando ditoso, o Espírito é tranqüilo, leve, refletido; quando feliz, é agitado, febril, e essa agitação se transmite naturalmente ao sistema nervoso do médium. Em suma, dá-se o que se dá com o homem na terra: O bom é calmo, tranqüilo; o mau está constantemente agitado.

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